terça-feira, 21 de agosto de 2012

Para Oeste



Apanhei a linha do Oeste e fui até à Figueira. Convenci uns amigos que me levaram ao longo da costa. Passei por Buarcos,  Tocha e só parei em Ílhavo já muito para norte.
Nem sinais da Micaela, do tenente, nem de Rodrigues. Não havia ninguém que os conhecesse ou que deles se lembrasse, ainda que os confundissem com outros. Eram figuras que podíamos ter sido nós. Outros que são virtualmente as janelas de uma época. Personagens que existem para nos reconhecermos e para sermos outros. A virtualidade absoluta, com a qual podemos sobreviver nos outros e os outros em nós.

Baseado nos Sinais do J.S.


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