terça-feira, 24 de julho de 2012

Independência

Independência
Recuso-me a aceitar o que me derem.
Recuso-me às verdades acabadas;
recuso-me, também, às que tiverem
pousadas no sem-fim as sete espadas.

Recuso-me às espadas que não ferem
e às que ferem por não serem dadas.
Recuso-me aos eus-próprios que vierem
e às almas que já foram conquistadas.

Recuso-me a estar lúcido ou comprado
e a estar sozinho ou estar acompanhado.
Recuso-me a morrer. Recuso a vida.

Recuso-me à inocência e ao pecado
como a ser livre ou ser predestinado.
Recuso tudo, ó Terra dividida!

Jorge de Sena, in 'Coroa da Terra'

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Jorge

Biografia


Jorge Cândido de Sena nasceu em 2 de Novembro de 1919 em Lisboa. Terminou em 1936 o seu curso de liceu, ano em que se inscreveu nos preparatórios para a Escola Naval . Formou-se em Engenharia Civil na FEUP.
Até 1959 foi funcionário da Junta Autónoma de Estradas, data em que se exila no Brasil, onde conclui o doutoramento em letras e rege as cadeiras de teoria da literatura e literatura portuguesa na Universidade de Araquara.
A partir de 1965 passa a viver nos E.U.A. acompanhado da esposa Mécia de Sena, de quem teve 9 filhos, sendo professor catedrático na Universidade de Winsconsin e, posteriormente na Universidade da Califórnia - Sta. Bárbara, onde dirigiu o departamento de literatura portuguesa e espanhola. Recebeu ao longo da sua vida vários prémios, entre eles a Grã-Cruz de Santiago.
Faleceu em 4 de Junho de 1978. Três dias depois, a Assembleia da República exprimia pesar unânime, certamente partilhado por todos os que tiveram a honra de o conhecer a si ou à sua obra.
Uma das suas filhas, já em Lisboa, ainda me deu aulas de inglês com um sotaque inesquecível da West Coast Californiana.
Jorge, personagem cimeira das letras portuguesas,  anda um  pouco esquecido pelos leitores.

Texto partido da Wikipédia e aumentado pelo Bordel.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Livre aria




Abençoadas as Librarias
Sic transit gloria mundi



sábado, 14 de julho de 2012

Tertúlia de Linguarudos no seu melhor! Os amigos são mesmo o que de melhor temos para alegrar a vida. E há de tudo. Até as moscas do senhor já parecem uma miragem. Que esta ilha é um balão com bom coração. E há cocos, e há estórias. E há memórias. De hoje. De amanhã. De sempre.