quinta-feira, 10 de maio de 2012

Magia do sensível

Este poema para quem é praticante desde o tempo da Torre da Gadanha e para todos os outros que se juntaram, bem podia estar no tal livro mal amado e em epigrafe.
Dei com ele por acaso não fosse ele um nobelizado.



Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco dispersam-se em todas as direcções.
Eu dei com vestígios de cascos de corça na neve.Linguagem, mas nenhuma palavra.

Thomas Transtormer

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