http://www.youtube.com/v/9XjN4DCNt6E?autohide=1&version=3&autohide=1&showinfo=1&autoplay=1&attribution_tag=O7NKCweCGPjrtlc5DW3_EA&feature=share
Olá linguarudos. Eis um pouco da história do Lev Tolstói.
Aspásia Cortesã
(blog dos) linguarudo(s) adj. s. m. 1. falador, chocalheiro. 2. o que não guarda segredos.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
É a minha caixa de correio. Gostam? Eu também. É simples.
Tão pintadinha, dessa cor que há, por todos os lados, em paredes frias. Sempre
gostei de contrastes. Talvez por ser uma mulher de contrastes. Perguntem ao meu
Arnaldo. Ele é que sabe dizer bem. Eu limito-me a abanar com a cabeça. Não lhe
dou razão. Vai lá uma mulher admitir esses defeitos congénitos. Nem ao marido,
quanto mais. Sou um poço de virtude. E que venha alguém e prove o contrário.
Sim. O da frente (por ciúmes) andou a espalhar pela vizinhança que já me
amassou. Sabem lá a chatice que me causou. Perguntem ao meu Arnaldo. Um dia,
andava eu a deixar a minha entrada asseada, como qualquer boa esposa que se
preze, e dei de caras com ela. Vinha toda arranjada – como se fosse Domingo de
Páscoa (ele há mulheres que não se enxergam; nem com óculos). Vi a fulana
passar por mim como se estivesse num cortejo (fúnebre). Boa tarde. Disse sem
tirar o olhar dos meus afazeres. Boa tarde! (podia estar surda)
Já ao virar da esquina, a fulaninha abranda o passo, vira-se
e (é mais forte do que ela): ó vizinha, quem foi que lhe fez o trabalhinho? Vai
ter de perguntar ao meu Arnaldo. Piscou-me o olho. Se calhar julga que a tenho
por mulher decente. Toda a gente sabe que aquela lambisgóia tem a casa por
trabalho. Despejo o balde para a rua, torço o pano. E recolho ao lar. O meu
Arnaldo está quase a chegar. Hoje vem mais cedo por causa dos horários. É um
homem muito certinho, o meu Arnaldo. Oh. Lá vem ele.Conheço-lhe os passos – de
há mais de vinte anos. Está bonita a nossa caixa. Diz-me à porta. Hás-de dizer
à lambisgóia quem a pintou. E não te chateias, mulher? Ó homem, que mal tem
isso? Lá o que ela faz pela vida não me diz respeito.
Comemos. Silêncio. Amamos. Silêncio. Dormimos. Silêncio.
Ó mulher (diz-me à saída), hás-de pedir ao teu marido que
compre mais umas latinhas para pintar a parede.
Sara Câmara Leme
Mapa Literário de Lisboa, Junho 2012
terça-feira, 14 de maio de 2013
"na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de põr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco."
JOSÉ LUÍS PEIXOTO, in "A Criança em Ruínas"
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de põr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco."
JOSÉ LUÍS PEIXOTO, in "A Criança em Ruínas"
sábado, 27 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Bom aluno
Este governo e a sua relação com o FMI faz-me lembrar aqueles bons alunos que fazem os trabalhos de grupo numa noitada antes do dia marcado para a apresentação. Geralmente são sempre bons, os resultados. Os professores não os recusam devolvendo-os para mais trabalho e investigação. Dão-lhes boa nota e total confiança para o futuro.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Pensamento amarelo emergente
"A arte não é mais que saber manipular materiais e perceber o seu sinificado na vida quotidiana".
"Nascemos, vivemos e morremos: são os únicos conceitos fundamentais. Há espaço para a imaginação, mas estruturar todo o nosso pensamento à volta de questões não fundamentais é uma perda de tempo.. .Duchamp foi a força mais destrutiva da arte ocidental. Afinal queremos um urinol ou uma maravilhosa pintura cheia de técnica? Se insitirmos numa arte de urinóis, então o que merecemos: urinóis."
Iain Robertson responsável por estudos de negócios em arte do Sothesby's Institute
quinta-feira, 28 de março de 2013
Leio-te
Sexto passo para começar a ler, segundo o pó dos livros:
Evite a proximidade de pessoas que estão a bocejar e deitadas no sofá a ver os programas de televisão que passam em horário nobre.
Aponho: Evite a televisão em todos os horários. Aproxime-se das pessoas que estão deitadas no sofá e a bocejar. Abra o livro.
terça-feira, 12 de março de 2013
Daniel Boone Davis
“…ela ficou muito perturbada quando eu lhe disse que enquanto estávamos na nossa lua de mel eu estava também efectivamente lá em cima no Boulder, e que enquanto a visitava no acampamento das escuteiras jazia também numa letargia drogada no Vale de San Fernando”.
Robert Heinlein in "uma porta para o verão"
sexta-feira, 1 de março de 2013
Tesoureiro
"O Sr. Doughty lembrava-me um tesoureiro que eu tinha tido na tropa. Só se produzem dois formatos de tesoureiros: um é o que nos mostra onde o livro diz que não vamos receber aquilo que julgávamos receber; o outro é o que procura no livro até encontrar um parágrafo que nos faz receber aquilo que precisamos, mesmo que não contássemos com isso."
Onde anda o segundo tesoureiro?
Onde anda o segundo tesoureiro?
Robert Heinlein in "uma porta para o verão"
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