(blog dos) linguarudo(s) adj. s. m. 1. falador, chocalheiro. 2. o que não guarda segredos.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A Máquina do Tempo [1960]
No seculo 19 houve quem viajasse para o seculo 80327! " As pessoas sérias que o levavam a sério nunca tinham bem a certeza do seu comportamento; tinham, de determinada forma, consciência de que confiar nas suas capacidades para o avaliarem era o mesmo que encher um quarto de crianças com a porcelana mais fina." in A maquina do Tempo pj14
Com um diferencial secular destes qualquer um de nós pode ser um Wells, só falta o dom da palavra, e escolher entre a porcelana e a criança!
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Máquina do Tempo
In A máquina do Tempo de H. G. Wells
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Eles já sabiam
Eça de Queiróz, 1867 in "O Distrito de Évora"
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Corpo de letra
C. Franco
WHY I AM NOT A PAINTER
I am not a painter, I am a poet.
Why? I think I would rather be
a painter, but I am not. Well,
for instance, Mike Goldberg
is starting a painting. I drop in.
«Sit down and have a drink» he
says. I drink; we drink. I look
up. «You have SARDINES in it.»
«Yes, it needed something there.»
«Oh.» I go and the days go by
and I drop in again. The painting
is going on, and I go, and the days
go by. I drop in. The painting is
finished. «Where’s SARDINES?»
All that’s left is just
letters, « It was too much», Mike says.
But me? One day I am thinking of
a color: orange. I write a line
about orange. Pretty soon it is a
whole page of words, not lines.
Then another page. There should be
so much more, not orange, of
words, of how terrible orange is
and life. Days go by. It is even in
prose, I am a real poet. My poem
is finished and I haven’t mentioned
orange yet. It’s twelve poems, I call
it ORANGES. And one day in a gallery
I see Mike’s painting, called SARDINES.
Frank O'Hara
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Verão de S. Martinho
In O Leopardo
A Lenda
Na viagem, cruzou-se com um mendigo que tremia de frio, devido à chuva que caía com intensidade. Sentindo piedade daquela alma que lhe pedia esmola, Martinho não hesitou em partilhar a sua capa militar, pegou na espada e cortou a capa ao meio.
Quando se preparava para seguir viagem, a chuva parou de cair, os céus abriram-se e o sol começou a brilhar. Assim ficou o tempo durante alguns dias. Diz-se que foi recompensa divina.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Caça
in O Leopardo
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Cats and Blogs
Coelhinha fecha a porta de entrada, encosta-se suspirando, olha o computador sobre o estirador ainda com as pontas dos cigarros da noite anterior e ouve o miar de Inês enfiada na casa de banho, enquanto parece lobrigar a sombra de Rocky no escritório a enrolar um cigarro. Não tem vontade de ir ao Bordel esta noite. Sorri. Decide então pôr a correr a água do banho.
Ronny Pornógrafo não tem gata e mal chega a casa começa a cantar um tema de Roberto Carlos, a namorada, e lembra-se de telefonar a Laura. Lady Laura me leva pra casa, pede através do auscultador. Me conte uma estória Lady Laura. O Bordel não basta. Prefiro a quentura do seu lar Lady Laura.
Lady Laura assim que desliga o celular apanha com o gato Floripis em cima e bate com a cabeça no monitor que se avaria e de imediato deixa de mostrar a imagem pura do Bordel. Marina a outra gata da casa surge a correr em pezinhos felídeos e lança-se a Floripis que de imediato começa a ronronar. Mais uma despesa, sacanas dos gatos, desabafa Laura entre dentes massajando a cabeça.
Entrementes Zeb lança mais dois postes no meio da pista do bordel com iluminuras alusivas à próxima festa bordelesca.
Atrasada como sempre Odelesca conduz a cento e vinte na auto route do oeste em pontas,as suas pontas dos pés,enquanto lê a caras. Nisto toca o celular mostrando o número de Ana a pistoleira. Odelesca atende bocejando enquanto identifica a custo uma personagem do beautiful people da Madragoa numa vernissage. Ana pistolei ra tem dois gatos para oferecer. Havia-os livrado de afogamento. Odelesca aceita, claro.
Por essa altura já Pedro deitou o televisor pela janela guardando uma válvula na vitrine.
Há uma guida.Acaba de fazer uma máquina de roupa e prepara o almoço do dia seguinte antes de armar o cabelo. A guida não tem gato, porém tem homem. Faz dele gato e é por ele que que se profana e assim, mais uma vez, não vai ao bordel.